miércoles, 23 de abril de 2014

Educação a distância. Fredric M. Litto

A palavra “ensino” está hoje em desuso porque sugere que o mais importante no processo educacional é aquilo que o professor passa para o aluno, num processo comunicativo unidirecional no qual o professor detém o papel ativo e o aluno o papel passivo, anotando em seu caderno aquilo que o professor falou, ou “ensinou”. As pesquisas até então têm revelado que é o aluno que deve assumir o papel ativo no processo de aprendizagem, descobrindo o conhecimento desejado por meio de atividades de ensaio e erro, tentando solucionar problemas de toda ordem, sendo apenas orientado pelo professor ou instrutor.

Se o professor fornece os conhecimentos como um “prato feito” num restaurante, o aluno não entende o contexto dentro do qual a solução surgiu; sua motivação é apenas memorizar a conclusão, a resposta correta, satisfazendo o educador e a escola. Cabe ao professor reconhecer que seu papel não é mais o de “entregar” ao aluno um conjunto de fatos e conhecimentos “já mastigados”, que representam apenas sua visão do fenômeno em estudo, ou seja, um processo limitado numa sociedade com visões pluralistas e com acesso às informações em qualquer biblioteca pública ou através da internet.

O professor que limita seu trabalho à entrega de fatos e conhecimentos aos alunos logo será substituído por computadores e sites da Internet que fazem essa tarefa vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana.

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